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domingo, 25 de julho de 2010

Mitos e verdades sobre o Autismo (Lucy Santos)

Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas:

O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.
A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.

Fonte: Bengala Legal

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como faço ele parar de gritar?

Seu filho grita por tudo e você perde a paciência? Saiba como o ambiente familiar pode interferir nas atitudes dele

Primeiro, descarte a possibilidade de problemas mais sérios, procurando um médico e fazendo um exame de audiometria. Se não houver nenhuma deficiência auditiva, o próximo passo é compreender o ambiente familiar em que ele vive. "É comum as pessoas gritarem uma pela outra quando se vive em uma casa ampla. Ainda mais se o cachorro estiver latindo e a TV e o rádio estiverem ligados num volume alto. Se o ambiente for ruidoso, a tendência é que a criança mantenha o tom de voz elevado. Afinal, é preciso gritar para ser ouvida", diz a psicóloga Carolina Nikaedo, da Edac (Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico).

A relação entre o casal também tem um peso decisivo no comportamento das crianças. "Elas sugam tudo como uma esponja. Se os adultos gritam e discutem na frente delas, não podem pedir para os filhos não fazer o mesmo". Mas se os gritinhos estiverem com cara de birra, o melhor a fazer é não ceder. "Tem criança que tem mais dificuldade em lidar com o não e a primeira reação é tentar manipular os pais. O jeito é ignorar, explicar que não pode e dizer o porquê. E nunca reforçar de forma positiva essa atitude". Os gritos também podem significar um pedido de socorro, principalmente para as crianças que ainda não sabem falar. A criança pode estar com dor ou incomodada com a fralda suja. Ou apenas querendo atenção.

Fonte: site Revista Crescer

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sons emitidos pelo bebê podem auxiliar diagnóstico de autismo, diz estudo

Cientistas americanos acreditam ser capazes de distinguir bebês autistas a partir dos sons que eles produzem. Usando tecnologia para análise das vocalizações emitidas por 232 crianças com idades entre dez meses e quatro anos, os especialistas da University of Kansas identificaram diferenças nos sons emitidos pelas que foram diagnosticadas como sendo autistas. A tecnologia permitiu diagnósticos corretos em 86% dos casos.

Estudos anteriores indicaram uma associação entre características vocais e autismo, mas, até hoje, o critério voz nunca foi usado no diagnóstico da condição. O estudo americano foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Autismo é o nome dado a um grupo ou "espectro" de condições caracterizadas pela inabilidade de comunicação ou empatia com o outro, falta de traquejo social, traços obsessivos e comportamentos repetitivos.

Os cientistas americanos analisaram quase 1.500 gravações com um dia de duração feitas através de aparelhos fixados nas roupas das crianças. Mais de três milhões de sons infantis foram usados na pesquisa, diz o estudo. Os pesquisadores se concentraram em 12 parâmetros específicos associados ao desenvolvimento vocal do bebê. Entre eles, o mais importante foi a habilidade da criança emitir sílabas bem formadas a partir de rápidos movimentos da mandíbula e língua.

Os especialistas acreditam que esses sons constituem as fundações das palavras.
Nas crianças autistas com até quatro anos de idade, o desenvolvimento nesse parâmetro é mais lento. "Essa tecnologia poderia ajudar pediatras a fazer testes de autismo para determinar se o bebê deve ser examinado por um especialista para diagnóstico", disse o pesquisador Steven Warren, da University of Kansas, um dos envolvidos no estudo. Ele explicou que a nova técnica pode identificar sinais de autismo aos 18 meses de idade. Atualmente, a média de idade das crianças diagnosticadas com a condição nos Estados Unidos é 5,7 anos. E quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais eficazes são os tratamentos, acrescentou o especialista.

Outro ponto forte da tecnologia, ele explica, é que ela se baseia em padrões sonoros ao invés de palavras e pode ser usada para testar crianças de qualquer país. "Pelo que sabemos, os aspectos físicos da fala humana são os mesmos em todas as pessoas", disse Warren.

Mais informações no site da BBC Brasil

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Novo núcleo da Associação Mão Amiga - RJ

A ASSOCIAÇÃO MÃO AMIGA(AMA-RJ) comemora a realização de mais um de seus projetos e com muita alegria informa que terá inicio seu 2º núcleo de atendimento. Este, na Zona Sul do Rio, no Colégio DIVERTIVENDO, com quem firmamos parceria.

DIVERTIVENDO é uma escola regular, com proposta e experiência em Inclusão. Localizado na Rua Colelho Neto, 74, Laranjeiras. A proposta inicial da MÃOAMIGA na Zona Sul é atender a crianças entre 2 a 9 anos de idade, no horário da manhã. Além de crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), a AMA atende também crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL).

Aplicamos o Modelo SCERTS, a mais moderna abordagem comportamental para o tratamento dos TEA. É um modelo educacional inovador que tem como foco principal desenvolver as habilidades linguísticas, comunicativas e sócio-emocionais da crianças com autismo. As atividades, realizadas em grupos de até 6 crianças, são variadas e englobam a Fonoterapia, Psicopedagogia, Brincadeira Simbólica, Educação Física e Relation Play. O Modelo SCERTS também permite uma análise extensa do desempenho da criança na escola regular.

Atualmente, a MÃO AMIGA atende a 42 crianças e jovens (2 e 18 anos) em sua sede na Pavuna.
Os interessados devem entrar em contato com Mônica Accioly, Coordenadora Técnica, para agendamento de entrevista e avaliação pelo email: monica@maoamiga.org

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O CORA (Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista)

Ontem fui na palestra científica promovida com apoio da ADEFA no auditório da Defensoria Pública. O evento foi bom, mas o melhor foram as pessoas maravilhosas que conheci lá. A começar pela fonoaudióloga Roseny, pessoa realmente competente e simpática. Além disso, conheci quatro mães de autistas que criaram uma associação em defesa dos direitos dos autistas. Espero que possamos nos encontrar mais vezes. Segue informações sobre o CORA (Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista). Vale a pena entrar no site: corautista.org

É uma associação criada por um grupo de mães e profissionais em prol do autismo. O Cora nasceu do desejo de duas quatro mães Michele Senra, Adriane Michely, Andréia David e Irene que ao se deparem com as dificuldades que encontram para dar uma vida de qualidade para seus filhos autistas. A falta de escolas que aceitem autistas como alunos, falta de tratamento gratuito próximo a residência, despreparo de profissionais e uma série que dificuldades encontradas não só por elas, mas por diversas mães espalhadas pelo Brasil.

Michele Senra é moderadora do blog "O Mundo maravilhoso dos Autistas" http://omundomaravilhosodosautistas.blogspot.com/, e através desse veículo de comunicação tem a oportunidade de conversar com mães e profissionais de diversos estados. Seu filho Breno Willians, está cursando ensino regular e alcançado grandes progressos. "A escola em que meu filho estuda me deu abertura para ajudá-los através de palestras e treinamentos que realizamos com os professores e mediadores, o resultado é que hoje meu filho está tendo a chance de estudar em classe regular, realizando provas e fazendo atividades como outra criança qualquer, essa parceria ajudou meu filho e as outras crianças que nela estuda". Além disso, Michele tem sido convidada a palestra em escolas e eventos testemunhando de uma forma motivacional para pais e profissionais.

Adriane Michely é pedagoga e atualmente está fazendo a pós em psicopedagogia. Adriane foi a primeira mediadora do Breno e através dessa experiência pôde descobrir que seu filho Jorge Davy também está no Espectro Autista. "Quando fui estagiar como mediadora do Breno, nunca havia ouvido falar em autismo. Era tudo novo pra mim, mas me dediquei e mergulhei nesse universo. Depois comecei a observar e percebi que meu filho também tinha características semelhantes ao meu aluno Breno, até que no final do ano passado Davy foi diagnosticado como autista.Breno não entrou por acaso na minha vida, e hoje estamos aqui com o CORA para ajudarmos muitos pais, crianças e jovens".

Andréia David é graduando em pedagogia e certificada em Teacch e Sonrise. Andréia é mãe de Lucas. Através de seu conhecimento empírico sobre o autismo tem auxiliado muitos pais e profissionais da àrea de educação. " O Lucas esse ano teve um retrocesso em seu comportamento na escola. Agredia seus professores, jogava tudo no chão... Haviamos usado várias táticas, metodologias e nada. Até que meu marido e eu resolvemos utilizar uma abordagem mais comportamental e finalmente deu muito certo. Hoje ele está mais centrado, realiza suas atividades tranquilamente.

Irene é mãe de Luciano Ítalo, asperger de 8 anos. Um de seus maiores desafios foi com a escola. Embora seu filho tenham um bom cognitivo, seus professores tinham dificuldades de lidar com seu comportamento. Além disso encontra uma mediadora era outro grande problema. "Este ano as coisas estão correndo bem. Encontrei mediadora, está acompanhando tranquilamente o 3° ano e em sua última avaliação o neuro constatou que meu filho evoluiu para o asperger. Estou muito feliz com seu progresso".

Autismo não é nenhuma tragédia. Autismo é tratável! E quanto mais cedo se descobre mais chances a criança terá. O temor vem da falta de conhecimento. Não é um caminho fácil, mas há esperança. Esse é o objetivo do CORA otimizar o conhecimento do autismo e buscarmos meios para melhorar a qualidade de vida do indivíduo com Espectro autista.Junte-se a nós nessa luta pelos direitos de nossos filhos.

Simbologia

A própria sigla CORA faz alusão a coração. Demonstrando todo nosso amor e empenho por nossos filhos.Coração - representação do coração de mãe, ou seja de nosso amor incondicional pelos nossos filhosQuebra-cabeça - é o simbolo oficial do autismo, que representa o mistério e a complexidade do autismo.Boneco com a peça do quebra-cabeça - representação de nós pais, profissionais e médicos que tentamos desvendar os mistérios do autismo, que estamos em busca de soluções, representa também a nossa luta pela inclusão do autista na escola, no trabalho e no convívio social.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A dentista que desafia o autismo

Crianças autistas costumam receber anestesia geral quando precisam cuidar dos dentes. Como Adriana Zink consegue fazer diferente.


Num consultório modesto no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, a dentista Adriana Gledys Zink atende pacientes especiais. Muito especiais. Ela se dedica aos autistas. Não apenas aos autistas mais colaborativos – aqueles que falam, estudam e podem até chegar ao mestrado. Adriana também socorre, de uma forma inusitada, os chamados autistas de baixo funcionamento. Aqueles que não falam, usam fralda e, quase sempre, são violentos.
Entre seus pacientes, há a mulher de 35 anos que arrancou um pedaço da bochecha da fonoaudióloga com uma mordida. Há também o menino que mastigou a falange do dedo da irmã. E ainda o pré-adolescente que arrebentou os dentes frontais da mãe. Como, então, Adriana consegue conduzi-los até a cadeira, fazer com que abram a boca e aceitem receber uma limpeza, uma restauração ou até mesmo a extração de um dente comprometido?


“Adriana é nossa encantadora de autistas”, diz Waldemar Martins Ferreira Neto, um dos sócios da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). “Ela tem um dom especial. Às vezes ninguém consegue controlar uma criança, mas ela se acalma quando Adriana faz contato.” Não há mágica nessa história. Há um inspirador exemplo de dedicação. Em 2003, Adriana decidiu fazer especialização em pacientes especiais na APCD porque se comoveu com a situação das famílias. “Mesmo quem pode pagar não encontra dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz.

Quando precisa de atendimento odontológico (mesmo que seja uma simples limpeza), a maioria dos pacientes é internada num hospital para receber anestesia geral. Adriana decidiu tentar fazer diferente. Passou a frequentar reuniões de famílias de autistas, estudou os métodos de aprendizagem disponíveis e conseguiu adaptar algumas técnicas para a odontologia. Sua principal inspiração foi o método Son-Rise, criado nos Estados Unidos nos anos 70 pelos pais de um autista. A história dessa família foi retratada no filme Meu filho, meu mundo. O método incentiva os pais e os terapeutas a observar as preferências dos autistas e usá-las como recursos de aprendizagem.

Outro método usado pelas famílias é o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (Pecs, na sigla em inglês). Por meio de figuras, a criança aprende a comunicar suas necessidades e a entender que uma atividade acabou e outra vai começar. Adriana criou Pecs específicos para a odontologia. É assim que ela apresenta a máscara, a cadeira, o chuveirinho etc. Às vezes, precisa de quatro sessões só para conseguir convencer o paciente a sentar-se na cadeira. Quando isso não é possível e o procedimento necessário é simples, ela atende a criança no chão. Adriana quer que o método receba respaldo científico. Encaminhou um projeto de pesquisa à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e aguarda o resultado.

Depois de comprovar a eficácia de sua abordagem, Adriana pretende ensiná-la a outros dentistas. “Mesmo quem pode pagar não encontra dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz Adriana .Todas as quartas-feiras, ela cuida gratuitamente de autistas, deficientes mentais (e de qualquer outro paciente que aparecer) no projeto social da escola de samba Unidos de Vila Maria. Até os 14 anos, Matias Cabral de Lira Junior (o Juca) nunca tinha ido ao dentista. Ele é deficiente mental e apresenta sinais de autismo. Embora não seja agressivo, Juca não fala e não engole a saliva. Também faz movimentos contínuos comuns entre os autistas, como sentar-se numa cadeira e balançar o tronco para baixo e para cima, sem parar.

Há dois anos, Adriana conheceu Juca no consultório da escola de samba. Ele mora com a mãe num apartamento do Cingapura (conjunto habitacional popular que substituiu algumas favelas na capital paulista). Nunca estudou. “Tentei de tudo, mas nunca consegui matriculá-lo numa escola”, diz a dona de casa Marly Zulmira da Conceição, de 44 anos. A primeira providência de Adriana foi fazer uma longa entrevista com a mãe. Precisava conhecer todos os gostos de Juca. O que lhe agrada e o que o incomoda. Para que o trabalho dê certo, Adriana precisa de detalhes. Detalhes colhidos sem pressa.“Essas informações me ajudam a encontrar uma forma de entrar no mundo do paciente.”

No primeiro encontro, Juca não olhava nos olhos de Adriana. Tremia quando ela encostava nele. Para tentar estabelecer algum contato visual com o garoto, Adriana experimentou vários brinquedos. Bolinhas de sabão, desenhos, bichos de pelúcia. A única coisa que despertava o interesse de Juca era um carrinho emborrachado. Aos poucos, Adriana foi empurrando o carrinho para dentro do consultório. Juca o seguiu. Com fita-crepe, Adriana prendeu o brinquedo no refletor instalado acima da cadeira de dentista. Juca sentou-se na ponta da cadeira e levantou a cabeça para espiar o carrinho. Adriana acomodou uma das pernas dele sobre a cadeira e afastou-se um pouco para ver como reagia. Como ele ficou bem, a dentista acomodou a outra perna.

Depois de dois anos de acompanhamento, Juca está acostumado a Adriana e seus apetrechos. Na última sessão, quem saiu da caixa de brinquedos foi um Chico Bento de borracha. Ela movimentava o personagem encaixado sobre o dedo indicador direito enquanto, com outros dois, tentava relaxar o queixo de Juca.
– Abra a boca para o Chico olhar – Adriana pedia.
– Ahhhhhh – ele respondia.
Juca parecia seguro. Apesar de todas as limitações, a comunicação entre eles fluía. Adriana conseguiu de novo.


Fonte: Revista Época - 13/07/2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dez coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse (Ellen Nottohm)

1) Antes de tudo eu sou uma criança - Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?

2)A minha percepção sensorial é desordenada - Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser superestimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.

3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer) - Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.

4) Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações - Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.

5)Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado - Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.

6)Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim - Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.

7)Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer - Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de "CONSERTO". Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.

8)Por favor, me ajude com interações sociais - Pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: "você esta bem?".

9)Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle - Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.

10)Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição - Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: VAI VALER A PENA.
E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajudam a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com os colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também eram autistas. O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver até onde eu posso ir.
CONTO COM VOCÊ!!!




Fonte: http://www.autimismo.com.br/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Palestra Científica com o tema Autismo

Tema: Autismo

Público-alvo: Profissionais, pais e amigos dos autistas

Data: 14 de julho (4ª feira)

Horário: 13 horas

Local: Auditório da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (Av. Marechal Câmara, 314, Centro)

Programação:
- Diagnóstico precoce (Diana Lindoso - psicóloga)
- Neurotoxidade de metais pesados no autista (Mariel Lopes - biomédica)
- Nutrição: dieta sem glúten e caseína (Alessandra Frazão - nutricionista)
- Modelo SCERTS na Mão Amiga (Monica Accioly - fonoaudióloga)
- Terapia Comportamental (Sandra Cerqueira - psicóloga)

Participem!!!

Fonte: www.adefa.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que é autismo?




Autismo é a denominação dada a um conjunto de comportamentos derivados de um desenvolvimento neurológico/metabólico atípico. Há evidências de que esta diferença neurológica esteja presente desde o nascimento ou até um período anterior. No entanto, os comportamentos observados – através dos quais a desordem é diagnosticada – tendem a ser apenas detectáveis a partir da idade de cerca de 18 meses. A desordem atinge indivíduos de ambos os sexos e de todas as etnias, classes sociais e origens geográficas. A incidência é maior entre o sexo masculino (4 vezes mais comum em meninos do que meninas).

Pesquisas científicas de estudo da desordem têm sido desenvolvidas em diversos países, mas a comunidade científica ainda não chegou a um consenso em relação às causas do autismo. Há fortes evidências, no entanto, de que exista de uma predisposição genética (Rutter, 2005), e que fatores ambientais sejam o gatilho para o aparecimento dos sintomas. Também tem sido sugerido que o autismo seja causado por um distúrbio da integração sensorial (Smith-Myles & Simpson, 1998), atrasos de maturação dos reflexos primários (Teitelbaum, Benton & Shah, 2004), disfunção do sistema imunológico (Pardo, Vargas & Zimmerman, 2006), ou problemas gastro-intestinais (Gurney, McPheeters & Davis, 2006).

Os recentes números de estatísticas do autismo entre a população dos Estados Unidos e da Europa apontam para a existência de uma epidemia atual do autismo, com os números de estatísticas nacionais nos EUA saltando de 1 em cada 2500 pessoas na década de 1990 para 1 caso de autismo em cada 100 crianças em 2009 (fonte: Centers for Disease Control, EUA). A ASA – Autism Society of America – estima que existam atualmente 1,5 milhões de americanos afetados pelo autismo. O mesmo quadro tem sido observado no Reino Unido, com a incidência subindo de 1:2500 em 1993 para 1:100 em 2009. Estes números tornam a desordem mais comum do que o câncer infantil, o diabetes e a AIDS.
No Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas em 2007, estimava-se que havia cerca de 1 milhão de casos de autismo (fonte: Projeto Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, 2007). O aumento dos casos de autismo no Brasil tem sido relatado por instituições ligadas ao atendimento de famílias de crianças com autismo em todas as regiões brasileiras.

No passado, o autismo foi freqüentemente considerado um distúrbio comportamental, com alguns cientistas tendo até adotado a teoria de que o autismo era causado pelo fenômeno das “mães-geladeiras”. Pesquisas mais modernas têm descartado totalmente esta perspectiva. Na maioria dos últimos sessenta anos (desde que o autismo foi primeiramente descrito por Kanner, em 1943), a desordem foi estudada em termos de comportamentos apresentados ao invés do estudo do subjacente desenvolvimento neurológico. Por conseqüência, os diagnósticos atuais ainda são feitos com base em comportamentos observáveis, o que significa um atraso na elaboração do diagnóstico na maioria dos casos. Recentes pesquisas com o foco na identificação de características neurológicas do autismo têm sido desenvolvidas com o objetivo de auxiliar o processo de diagnóstico, a intervenção precoce e recuperação.

Nos dias de hoje, o Autismo é freqüentemente referido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), nomenclatura que indica uma ampla variação na sintomatologia. Crianças com os diagnósticos de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Transtorno Global do Desenvolvimento (TID, ou a sigla PDD em inglês), Transtorno Invasivo Não Especificado do Desenvolvimento (sigla PDD-NOS em inglês) ou Síndrome de Asperger tendem a exibir comportamentos similares em um nível moderado.

Os comportamentos que geralmente levam ao diagnóstico do Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo são comumente classificados em três pilares. Estes descrevem dificuldades nas seguintes áreas:
- Interação Social
- Comunicação e Linguagem
- Imaginação (incluindo-se aqui os interesses restritos e a utilização de comportamentos repetitivos e de auto-estimulação)

O que os comuns critérios de diagnóstico falham em reconhecer são as habilidades e talentos exibidos por pessoas diagnosticadas com autismo. Há diversos relatos científicos e anedotários sobre habilidades incríveis que várias pessoas com autismo possuem. Em uma das extremidades deste espectro encontram-se as pessoas que são referidas como “savants”, as quais apresentam habilidades extraordinárias, geralmente nas áreas de matemática, música ou arte (Happe, 1999). Já os milhares de pessoas com autismo que não desenvolvem habilidades de “savants”, também possuem diversas habilidades especiais. Muitas pessoas com autismo apresentam habilidades de percepção viso-espacial altamente desenvolvidas (em Happe, 1999).

Fonte: www.inspiradospeloautismo.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Brincar é coisa séria




O ato de brincar para uma criança seria como o trabalho, o aprendizado (escola, faculdade, etc.) para nós adultos, pois é através destas atividades, ou melhor, destas brincadeiras que a criança vai se constituindo como um todo. Ela se torna criativa, tem a oportunidade de relacionar com seus semelhantes e, o mais importante, ela se sente feliz, conseqüentemente aumenta a probabilidade de ser mais bondosa, amorosa e solidária.


A criança precisa naturalmente passar por etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional, onde o principal apoio é a família. Futuramente esse apoio crescerá com os coleguinhas de brincadeiras e os da escola. E é através deste contato que ele desenvolverá suas potencialidades, porque, ao contrário do que imaginamos, a criança ao brincar compara, nomeia, mede, calcula, cria, deduz, classifica, etc.


E assim ela se desenvolve, compartilha, respeita, faz amigos, aprende limites e busca um sentido para sua vida, e atualmente sabemos que pela grande correria do dia a dia diversos pais não dão a atenção necessária para os filhos, e lembramos que boa parte da saúde física, emocional e intelectual da criança depende em boa parte do “brincar” e do relacionamento familiar.
Até mesmo o brincar tem suas etapas de desenvolvimento, começa-se brincando sozinho, conhecendo e manipulando objetos. Posteriormente buscará outras crianças para brincar, mas cada uma com seu brinquedo, e assim ela desenvolve e descobre os prazeres e as frustrações de brincar com os outros (grupo), crescendo emocionalmente. Dessa maneira ela aprende a esperar sua vez, ser e interagir de forma organizada, respeitar regras e restrições que muitas das vezes são em grupo quando extrapolam em algum brincar, aprendendo então a ganhar e perder.


Quanto à brincadeira

• Dê tempo para que ela possa explorar o material, deixando que ela tente sozinha, mas estando disponível se precisar de ajuda.

• Estimule sua auto-estima; faça com que ela se sinta capaz de aprender, dando-lhe o tempo que precisar.

• Encoraje suas manifestações espontâneas; permita que ela tome a iniciativa.

• Introduza propostas novas, estimulando a resolução de problemas.

• Escolha brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse da criança.

• Aumente a dificuldade se notar que o jogo está fácil demais e reduza-a se estiver além de seu entendimento.


E toda vez que apresentar um brinquedo a seu filho, demonstre interesse. Pois uma caixa vazia, dependendo de como lhe for apresentada, poderá virar uma casa, um barco, um carro, uma torre, uma cama de bonecas, um fogão... ou, simplesmente, uma caixa vazia. Estimule seu filho, deixe a imaginação dele voar...


Bruno Augusto das Chagas - www.equilibriovida.com.br
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quando buscar ajuda de um psicólogo infantil?

A maioria dos pais têm dúvidas sobre a necessidade de buscar psicoterapia para seu filho, em especial quando este é uma criança. Embora as crianças demonstrem comportamentos que indicam quando algo não está bem, muitos pais relutam em procurar ajuda de um profissional.Os pais tendem a pensar que a criança esta passando apenas por uma fase, que será superada sozinha.

Realmente não é fácil julgar o momento apropriado para levar uma criança à psicoterapia. A escola, que costuma ser a primeira a notar mudanças de comportamento, tem ajudado bastante ao solicitar o encaminhamento do aluno para um psicólogo infantil.

Geralmente, os sinais mais presentes no comportamento da criança são a hiperatividade, a dificuldade de concentração, a agressividade, o comportamento inadequado e a ansiedade. Estes são comportamentos que chamam a atenção dos pais ou da escola e que, mais rapidamente são encaminhados para profissionais especializados. Contudo, observe também se a criança está silenciosa demais, não quer bricar com outras crianças, está retraída social e afetivamente. Muitas vezes, uma criança quieta demais é sinal de sofrimento para ela e por não saber expressar verbalmente isto, emite comportamentos que não são considerados inadequados e, assim, que podem não chamar atenção dos adultos.

Procure um psicólogo infantil assim que perceber mudanças no comportamento do seu filho. Este é o primeiro passo para diminuir o sofrimento dele.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CURSO"TEMAS CONTEMPORÂNEOS NA CLÍNICA INFANTIL"

OBJETIVOS: Promover, a partir de referências teóricas, a compreensão sobre as emoções, sentimentos, e transtornos que afligem as crianças.

HORÁRIOS: Terças feiras,das 14:30h às 16:00h.

Módulo I - 03/08/2010 - Winnicott: Brincar e Criatividade como basespara uma estrutura psíquica saudável.Ludoterapia: Função e usos terapêuticos do brincar.
Módulo II - 10/08/2010 - Ansiedade, depressão e estresse na infância.
Módulo III - 17/08/2010 - Hiperatividade: Aspectos do diagnóstico diferencial.
Módulo IV - 24/08/2010 - Bullying: Uma patologia social.

O curso inclui material de apoio, bibliografia, e emissão de certificado.

VAGAS LIMITADAS... Inscrições até 27/07/2010

INVESTIMENTO:
Valor total: R$ 60,00*
* Sorteio de livro sobre o tema "bullying"
* Emissão de certificado (mediante 75% de presença).

PÚBLICO-ALVO:
Estudantes de Psicologia e demais interessados.

LOCAL:
ESPAÇO PSICONHECIMENTO
Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
(Próximo à estação Cardeal Arcoverde do Metrô)

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
(21) 3820-9983 ou (21) 9716-7213

PSICÓLOGA RESPONSÁVEL:
Flávia Lucchesi
Psicóloga/Sexóloga
CRP 05/28310