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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palestra realizada na Sociedade Síndrome de Down - SSD


No último domingo, dia 22/08, enquanto os jovens da Sociedade Síndrome de Down - SSD se divertiam em mais um SSDance, os pais participaram de uma exposição sobre o Grupo de Treinamento de Habilidades.
As palestrantes foram Ana Paula Pacheco (pedagoga) e Bárbara Calmeto (psicóloga) que falaram sobre suas experiências e sobre uma proposta de intervenção com os jovens da SSD.
O auditório estava repleto e as primeiras inscrições para a avaliação diagnóstica foram realizadas neste mesmo dia. Em breve mais notícias sobre os Grupos de Treinamento de Habilidades.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estratégias de estimulação para bebês com síndrome de Down


Algumas técnicas contribuem satisfatoriamente para o desenvolvimento inicial do bebê com Síndrome de Down, e merecem ser mencionadas. Lembre-se que a estimulação é muito importante, mas o excesso é prejudicial, havendo necessidade de dosar a quantidade de estímulos.

Estimulação Visual
A estimulação visual deve ser oferecida desde o nascimento. Inicialmente, o que mais atrai o bebê é o rosto humano, seguido por objetos coloridos e brilhantes, A família deve ser orientada a apresentar tais estímulos ao bebê com freqüência, estando atenta para que ele fixe o olhar e posteriormente acompanhe com os olhos o movimento do rosto humano ou do brinquedo. As brincadeiras na frente do espelho também devem ser introduzidas assim que o bebê fixar o olhar.

Estimulação Auditiva
A voz humana é o primeiro estímulo auditivo que o bebê recebe. É importante orientar a mãe para que converse com o bebê de forma clara e tranqüila. A música, cantada pela mãe ou tocada também é um estímulo que agrada ao bebê. Os brinquedos que produzem som também funcionam como estimulação para a percepção auditiva. Tanto os pais como os terapeutas podem fazer uso de chocalhos, papéis aluminizados, caixinhas de música ou qualquer outro tipo de objeto que produza som, como meio de estimulação.

Estimulação Sensitiva
É a partir da estimulação sensitiva que a criança reagirá cada vez mais com movimentos. Preferencialmente, ela deve usar a menor quantidade de roupa possível, de acordo com o tempo, tanto em casa, como na terapia. O contato com diferentes materiais propicia maior experiência sensitiva. Brinquedos ásperos, lisos, de borracha, de madeira, de ferro, de pano, bem como o contato com a água e a areia oferecem grande demanda de estímulos sensitivos.

Estimulação Labiríntica
Atividades que envolvam o balanço estimulam os órgãos do equilíbrio. Portanto, desde cedo a criança deverá experimentar estas sensações, tanto na terapia, como em casa. O balanço na bola Bobath facilita as reações de controle de cabeça e tronco. O uso de redes, balanços e brincadeiras com o corpo deve ser estimulado e orientado à família.

Estimulação Social
O profissional que está em contato direto com a família deve orientá-la a manter, desde cedo, uma vida social semelhante à de outros bebês. O banho de sol e os passeios ao ar livre devem fazer parte da rotina. Privar a criança de contatos sociais, mesmo que inicialmente breves, pode prejudicar seu desenvolvimento e sua adaptação ao estilo de vida de sua síndrome de Down.

sábado, 14 de agosto de 2010

Psicologia das habilidades sociais (resenha)



(José Humberto da Silva Filho Nov./2003)


Del Prette, A. & Del Prette, Z.A.P. (2001). Psicologia das Habilidades Sociais - Terapia e Educação. Petrópolis. Vozes Editora.

Quando um amigo lhe pede algo emprestado, você se sentindo constrangido em negar o pedido e disfarçando sua pouca vontade, cede à solicitação emprestando-o. Certamente você não estará tranqüilo até a devolução; Quando alguém entra na sua frente naquele fila em que você já aguarda a sua vez há muito tempo, você se sente na obrigação de se defender e parte para o enfrentamento com decidida irritação. Estas cenas do cotidiano ilustram possíveis reações comportamentais diante de estímulos ou situações sociais. Elas evocam habilidades para interagir nos diversos contextos do cotidiano. Estamos falando de Habilidades Sociais.

O livro "Psicologia das Habilidades Sociais - Terapia e Educação" (2001) de Del Prette e Del Prette, é a primeira obra de autores brasileiros a se debruçar sobre este tema. Ao longo dos seus nove capítulos os autores examinam o avanço na área de Treinamento de Habilidades Sociais (THS). É uma obra que se destina tanto a profissionais da saúde como da educação. Está dividida em duas partes. Na primeira os autores apresentam os fundamentos, conceitos, história e desenvolvimento dos estudos das habilidades sociais e na segunda parte enfatizam a avaliação e a promoção destas habilidades.

Os autores evidenciam que "as dificuldades ocasionais nas relações interpessoais não são consideradas distúrbios ou patologias; porém, certamente, diminuem a qualidade de vida das pessoas, requerendo intervenções preventivas e educacionais".

De forma bem fundamentada os autores demonstram a amplitude da área de THS como sendo uma fonte de dificuldade pela indefinição dos seus contornos e pela carência de uma teoria geral integradora que permita organizar os conceitos e modelos num sistema internamente mais coerente. No entanto, alguns conceitos-chave são abordados como delineadores de área como: Assertividade, Habilidades Sociais e Competência Social.

O primeiro capítulo apresenta o desenvolvimento da área de habilidades sociais fazendo uma discussão acerca das características herdadas e aprendidas. Atualiza a discussão acerca do equipamento biológico portador de potencialidades, supostas predisposições genéticas que favorecerão interações peculiares do indivíduo com o ambiente e o próprio processo de aprendizagem, sendo esta decisiva na caracterização posterior do repertório de comportamento social.

O segundo capítulo apresenta os fundamentos históricos da área de THS. Se reporta ao movimento de Treinamento Assertivo desenvolvido por Wolpe, nos anos 70, e aos principais autores associados ao tema nos EUA. Referencia também a disseminação concomitante do termo Habilidades Sociais, em Oxford, na Inglaterra, por Argyle e outros. Atualmente esta ultima terminologia tem sido entendida academicamente como uma área mais ampla de conhecimento, onde a Assertividade é uma de suas subáreas.

O terceiro capítulo aborda os modelos conceituais explicativos da área de THS: modelo da assertividade; modelo da percepção social; modelo da aprendizagem social; modelo cognitivo, e; modelo da teoria dos papéis. Propõe também algumas explicações para as dificuldades interpessoais: déficits no repertório; inibição mediada pela ansiedade; inibição cognitivamente mediada; problemas de percepção social, entre outros.

No capítulo quatro, dedicado às definições e conceitos da área de THS, encontra-se um dos pontos altos desta obra: Os autores exploram de forma emparelhada os conceitos "Assertivo", "Não Assertivo" e "Agressivo" estabelecendo alguns parâmetros que ajudam a identificar as características gerais que compõem estes comportamentos em dada situação.

O quinto capítulo é dedicado especificamente aos elementos que compõem as Habilidades Sociais: os comportamentais, os cognitivos-afetivos, os fisiológicos e outros. É outro ponto alto da obra por apresentar de forma sistematizada tais elementos organizados em classes e subclasses e também por defini-los e conceitualizá-los detalhadamente.

O sexto capítulo é dedicado à avaliação e treinamento das habilidades sociais. Aqui se revela claramente um dos objetivos dos autores: a intervenção. Para isto, como em qualquer procedimento desta natureza, defendem que uma boa avaliação e um bom planejamento são fundamentais para favorecer o sucesso da intervenção. A avaliação busca identificar as áreas problemáticas e não problemáticas do repertório social do sujeito que deverão orientar os objetivos e os procedimentos específicos de intervenção para superá-los. O procedimento de avaliação sugere que se observe: a) as condições antecedentes; b) condições conseqüentes, e; c) o comportamento, que é o elemento central da avaliação. No comportamento são observados os aspectos relacionados a: déficits e excessos comportamentais, ansiedade, cognições e sentimentos, contexto situacional e cultural, objetivos e metas. Em relação às técnicas de avaliação os autores observam que devem ser escolhidas considerando-se alguns fatores específicos e sugerem: entrevistas, inventários, observação, desempenho de papéis, auto-registros, avaliação por outras pessoas que são significativas para o sujeito (pais, professores, amigos, etc).

O capítulo sete se dedica às técnicas de treinamento em habilidades sociais. Elas são divididas em duas grandes categorias: Técnicas Comportamentais e Técnicas de Reestruturação Cognitiva.
As técnicas comportamentais ganharam notoriedade com Joseph Wolpe e Arnold Lazarus e se baseiam nos princípios derivados dos estudos laboratoriais de análise experimental do comportamento. As técnicas são: ensaio comportamental, reforçamento, modelagem, modelação (real e simbólica), feedback (verbal e videofeedback), relaxamento, tarefas de casa, dessensibilização sistemática.

As técnicas de reestruturação cognitivas são dirigidas para as cognições que mais interferem nas relações sociais, quais sejam: crenças irracionais, diálogos internos inibitórios, expectativas equivocadas de auto-eficácia, suposições negativas e estilos de atribuição inadequados. Alguns dos objetivos da reestruturação cognitiva no THS visam: a) valorizar os próprios direitos e de seu interlocutor; b) identificar as próprias cognições inadequadas e de outrem; c) exercitar formas alternativas de avaliações; d) identificar os próprios estilos de atribuição buscando avaliações mais realistas.

O penúltimo capítulo apresenta propostas e sugestões para a estrutura e estratégias do treinamento das habilidades sociais descrevendo-se os formatos de treinamento individual e grupal. Considera-se a homogeneidade e heterogeneidade dos problemas, o tamanho dos grupos, o papel do dirigente, a dinâmica de uma sessão de treinamento, a estrutura do programa, a duração do programa, o local e os equipamentos e a base ética para esta intervenção.

Por fim, o ultimo capítulo fala das grandes áreas de aplicabilidade do Treinamento em Habilidades Sociais, com ênfase na clínica e na educacional. Na clínica se especifica as intervenções caracterizadas como terapêuticas, aplicadas, por exemplo, aos transtornos afetivos e de ansiedade, esquizofrenia, timidez e isolamento social, problemas conjugais e familiares, dentre outras. Na educação se especifica intervenções caracterizadas como preventivas e/ou educacionais, como por exemplo, o THS no ensino especial e no ensino regular, cujo público tanto pode ser professores como alunos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Novo teste neuropsicológico - Universidade de Coimbra

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma “bateria de testes neuropsicológicos”, que será colocada no mercado em Janeiro de 2011, para ajudar a melhorar a intervenção clínica em crianças dos cinco aos 15 anos com patologias.

A “Bateria de Avaliação Neuropsicológica de Coimbra (BANC)” está a ser desenvolvida desde 2000 na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, através de estudos de adaptação, validação e aferição para a população portuguesa. Já foi objecto de várias teses de doutoramento e mestrado.

Mário Simões, coordenador do projeto, explicou à agência Lusa que a BANC “é simultaneamente abrangente e compreensiva”, e “viabiliza a avaliação de importantes funções neurocognitivas”, a memória, atenção, funções executivas, orientação, motricidade, lateralidade, que “são essenciais à capacidade para aprender, na escola, e fora da escola”.

Os resultados na BANC permitem identificar “consequências relativas ao impacto cognitivo de patologias neurológicas ou de desenvolvimento”, nomeadamente da epilepsia, traumatismos crânio-encefálicos, tumores cerebrais, perturbação da hiperactividade com défice de atenção, autismo, dificuldades de aprendizagem.

Através dos resultados “é possível testar hipóteses e identificar desfasamentos ou dissociações relativas a funções cognitivas (memória, linguagem, atenção, funções executivas) preservadas ou lesadas”, realça o investigador.

Na perspectiva de Mário Simões, esta informação “é potencialmente útil” para a elaboração de programas mais individualizados e específicos de intervenção psicológica, nomeadamente na reabilitação, reeducação e psicoterapia.

Os resultados das diversas investigações realizadas -- acrescenta -- levam a concluir que “a BANC é um instrumento que permite ultrapassar os limites de uma avaliação centrada nos Quocientes Intelectuais” e “actualiza e introduz mais informação e maior especialização e exaustividade aos protocolos de avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes”.

Na aferição da “Bateria de Avaliação Neuropsicológica de Coimbra (BANC)” participaram 1104 crianças e adolescentes com idades entre os 5 e os 15 anos, constituindo, segundo o investigador, “uma amostra numerosa e representativa quanto às principais variáveis sócio-demográficas”, designadamente o género, escolaridade, área geográfica, área de residência e nível socio-económico.

A edição e comercialização dos manuais e materiais de “testing” da BANC está prevista para Janeiro de 2011, através de uma empresa portuguesa.

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/universidade-coimbra-lanca-no-mercado-novo-teste-neuropsicologico_1450345

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sociedade Síndrome de Down - SSD (Divulgação)



A Sociedade Síndrome de Down - SSD é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo fundamental valorizar a pessoa do deficiente mental e incorporando-o à sociedade, mostrar como ele pode ser útil.
Entre as atividades principais desenvolve as seguintes:
- realiza palestras com profissionais de diversas áreas a fim de orientar os pais na educação de seus filhos;
- organiza colônias de férias para melhor observar o comportamento e as necessidades do deficiente;
- conquista voluntários amigos para se integrarem , através de atividades dirigidas, aos portadores de necessidades especiais;
- cria oficinas itinerantes para dar suporte ao trabalho artesanal;
- organiza ou participa de bazares , onde se faz a venda dos trabalhos dos deficientes e 80% da arrecadação é destinada aos artesãos;
- arrecada recursos através de associados ou de eventos organizados pela SSD;
- realiza chás beneficentes com a finalidade de expor os trabalhos e fazer apresentações de desfile ou dança;
- orienta, através de contatos telefônicos ou por internet, todos os que buscam informações ou esclarecimentos;
- estabelece contato com empresas e associações procurando lançá-los no mercado de trabalho, sem contudo os abandonar;
- em função da necessidade de assistir aos deficientes nos locais de trabalho, promove visitas e estimula os que os circundam a entendê-los, sem paternalismo;
- visita outras entidades para troca de experiências e auxílio alimentício aos mais carentes;
- promove campanhas a fim de contribuir para maior aceitação e inserção dos portadores de deficiências na sociedade.

Mais informações: http://www.ssd.org.br/

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

I ENCONTRO NACIONAL DE TRATAMENTOS PARA AUTISMO E OUTROS TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO (divulgação)

Este encontro é dedicado a educar médicos, terapeutas e pais sobre as pesquisas biomédicas que foram apropriadamente testadas, e são intervenções seguras e efetivas para o espectro autista.

Desde 1995 acontecem congressos bianuais nos EUA onde são mostradas e discutidas estratégias terapêuticas, que ainda são desconhecidas em nosso meio.

Nos dias 15 e 16 de Outubro de 2010, faremos um congresso completo unindo o tratamento biomédico a terapia nutricional, junto com as várias formas terapêuticas e pedagógicas, fornecendo uma visão completa de como o tratamento biomédico pode ser agregado a outros tratamentos para que a criança autista ou que tenha outro transtorno de desenvolvimento alcance um potencial melhor.

Queremos mostrar que o Autismo é tratável, e que a recuperação se torna possível com a associação de uma série de intervenções terapêuticas simultâneas o mais precoce possível.

Local: São Paulo
Data: 15 e 16 de outubro de 2010

Mais informações: www.congressodeautismo.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

10 passos para lidar com a birra da criança. E não perder a classe



1. Por pior que seja o “espetáculo”, NUNCA, JAMAIS, em tempo algum bata no seu filho.

2. Antes de sair, previna-se de possíveis contratempos. Se vai ao supermercado, fale que a criança tem direito a escolher dois doces, por exemplo.

3. Não ceda às manipulações. Mostrar que birras não dão resultado é um jeito de desestimulá-la a repetir a cena.

4. Avise seu filho que só conversará com ele depois que ele se acalmar (e você também...).

5. Se precisar dar uma bronca na criança, espere ela terminar de espernear e explique por que está sendo punida. É importante que ela entenda o que fez de errado e, para isso, precisa estar tranqüila para conseguir ouvir o que você tem a dizer.

6. Não brigue com seu filho na frente de todo mundo; isso o fará se sentir humilhado.

7. Desvie o foco da criança. Mostre um objeto diferente, o cachorrinho passando na rua, o avião lá no céu... Use a criatividade!

8. Algumas vezes, por trás da birra existe uma criança com fome, sono ou carente. Se for esse o caso, responda pacientemente e faça um carinho. Às vezes, é só disso que ela precisa.

9. Simplesmente ignorar a birra também pode dar bons resultados. Respire fundo.

10. Se não tiver como conter o show no meio da loja, simplesmente pegue seu filho no colo e vá embora. Sem escândalos. Ele vai perceber que não adiantou nada e você evita o constrangimento.

Fonte: Site Revista Crescer (Monica Brandão e Tamara Foresti)