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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Governo lança Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

O governo federal lançou hoje (17) o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Viver Sem Limite, que reúne ações estratégicas em educação, saúde, cidadania e acessibilidade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,91% da população brasileira. Com o Viver Sem Limite, o governo pretende promover a inclusão social e a autonomia da pessoa com deficiência, eliminando barreiras e permitindo o acesso a bens e serviços.


“Estamos aqui para celebrar a coragem de viver sem limites. É incrível a força que há nas pessoas para vencer desafios e superar limites”, disse a presidenta quando retomou o discurso interrompido pela emoção.


Dilma Rousseff chorou no início da cerimônia realizada no Palácio do Planalto para lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência ao comentar as presenças das filhas do deputado Romário e do senador Lindbergh Faria.


No discurso, a presidente ressaltou a importância da autonomia na vida das pessoas com deficiências. E defendeu que todos os brasileiros tenham condições de desenvolver todas as suas potencialidades.


“São brasileiros que podem realizar plenamente seus sonhos individuais, mas podem e devem ajudar a concretizar o nosso sonho coletivo”, afirmou.


Segundo a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, o Viver Sem Limite articula e organiza ações já desenvolvidas no âmbito do governo federal, que foram aprimoradas e fortalecidas para eliminar barreiras e permitir o acesso da população com deficiência a bens e serviços.


“É o reconhecimento da responsabilidade do Estado brasileiro, uma responsabilidade irrenunciável”, disse a ministra.


O secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento Ferreira, explicou que o Viver Sem Limite tem metas para serem alcançadas até 2014, com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões. As ações previstas serão executadas em conjunto, por 15 órgãos do governo federal, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.


Educação– Na área da Educação, por exemplo, o plano prevê a ampliação do acesso dos alunos com deficiência à escola, saltando de 229.017 para 378 mil o número de crianças e adolescentes nas salas de aula. Outra medida é adequar as escolas públicas e as instituições federais de ensino superior às condições de acessibilidade.


O Viver Sem Limite determina ainda a implantação de novas salas de aula com recursos multifuncionais e a atualização das salas já existentes, e a oferta de até 150 mil vagas para pessoas com deficiência nos cursos federais de formação profissional e tecnológica.


Saúde– No chamado eixo Saúde, está prevista a ampliação e qualificação da triagem neonatal com a inclusão de dois novos exames no teste do pezinho, além da implantação completa do exame em todos os estados até 2014. O plano também estabelece a implantação de 45 centros de referência em reabilitação, garantindo atendimento das quatro modalidades: intelectual, física, visual e auditiva.


Outra medida refere-se ao atendimento odontológico, com um aumento em 20% no financiamento do SUS para 420 centros de especialidades odontológica. O governo também pretende formar 660 novos profissionais de saúde em órteses e próteses até 2014 para atuar nas oficinas ortopédicas que serão criadas. A expectativa é aumentar em 20% o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.


Inclusão social– O trabalhador que perder o emprego voltará a receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A garantia está no Viver Sem Limite, que também permite que a renda da aprendizagem seja acumulada com a do BPC. Outra ação prevê a busca ativa e o encaminhamento ao mercado de trabalho de 50 mil beneficiários.


Acessibilidade– O eixo Acessibilidade prevê a construção e 1,2 milhão de moradias adaptáveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida 2. As obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo 2014 e do PAC 2 também serão adaptadas aos portadores de deficiências.


Outras medidas preveem a implantação de cinco centros tecnológicos de formação de instrutores e treinadores de cães-guias, microcrédito pelo Banco do Brasil para aquisição de produtos de tecnologias assistivas no valor de até R$ 25 mil e juros de 0,64 ao mês e desoneração tributária de R$ 609,84 milhões até 2013 sobre esses produtos.


Fonte: Blog do Planalto
http://blog.planalto.gov.br/governo-lanca-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/

Brasil emplaca Dia Internacional da Síndrome de Down na ONU

Com co-patrocínio de mais de 80 países, o Brasil logrou que a Organização das Nações Unidas adotasse uma resolução que decide estabelecer a data de 21 de março (21/3) como o Dia Internacional da Síndrome de Down a partir de 2012.


O Dia Internacional da Síndrome de Down foi instituído pela Down Syndrome International em 2006, já sendo observado em mais de 60 países. O Brasil é um dos que realiza mais eventos na data e por essa razão a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) pediu em 2010 o apoio do governo brasileiro para que a data entrasse no calendário oficial da ONU.


O dia é simbólico porque se refere aos três cromossomos 21 que caracterizam a síndrome de Down (21/3).O projeto ganhou força depois que o Senador Lindbergh Farias apresentou um projeto de lei no Senado para que a data entrasse para o calendário nacional.


Com fôlego renovado, a Missão do Brasil junto às Nações Unidas foi buscar apoio de outros países como co-patrocinadores do documento.A proposta brasileira foi lida e adotada por consenso, tendo tido o apoio de mais de 80 países.


Fonte: Rede Saci
http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=33136

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dia Internacional da Síndrome de Down 2011




21/3 – Dia Internacional da Síndrome de Down 2011
Inclusão Acontecendo – Amplie este Exemplo

Federação Nacional de Associações Brasileiras de Síndrome de Down (FBASD)
Campanha para tornar a data oficial, clip na mídia social com a canção “Diversidade” de Lenine, solenidades, caminhadas e festas, entre outros eventos, lembram a data.
O Brasil comemora o Dia Internacional da Síndrome de Down no próximo 21/3 com extensa programação. Usando o tema “Inclusão Acontecendo – Amplie este Exemplo”, é a sexta vez que a data, criada para celebrar a vida das pessoas com síndrome de Down e chamar atenção da sociedade para a importância da inclusão total, é celebrada no país.
Por quê 21/3?
O Dia Internacional da Síndrome de Down foi instituído pela Down Syndrome International como o dia 21 de Março, com o objetivo de contribuir para conscientização da população e para formar cidadãos com síndrome de Down auto-determinados, produtivos, incluídos na sociedade, com melhor qualidade de vida.
A data foi escolhida porque se escreve 21/3 (ou 3/21), o que faz alusão aos 3 cromossomos número 21n que as pessoas com síndrome de Down carregam. A ideia do dia partiu do geneticista Stylianos E. Antonarakis, da Universidade de Genebra, e foi defendida em 2005 no Congresso Internacional de Síndrome de Down em Mallorca, na Espanha. A primeira comemoração da data foi em 2006.
No Brasil, o Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado desde 2006. Em 2007, houve muita repercussão na mídia pela participação do jogador de futebol Romário, que tem uma filha com síndrome de Down, Ivy, e pela novela Páginas da Vida, que contava a história de uma menina com síndrome de Down, a Clara, vivida pela atriz Joana Mocarzel.
No Brasil, é a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) quem articula e organiza eventos em todo o país. Com o tema “Inclusão Acontecendo: Amplie este Exemplo”, a FBASD e as associações filiadas estão reunindo mais uma vez a maior programação por país, segundo a DSI, para comemorar a data, com mais de 40 eventos marcados. http://www.worlddownsyndromeday.org/brazil.htm
De acordo com Maria de Lourdes Marques Lima, presidente da FBASD, o tema escolhido para 2011 é uma evolução natural do tema de 2010, “Inclusão Social: Vamos fazer Acontecer!”. “A sociedade está vendo cada vez mais pessoas com síndrome de Down nas ruas, na escola, no trabalho, e começa a perceber que a inclusão é possível e depende de cada um de nós. Daí o convite: amplie este exemplo".A Federação está inclusive aproveitando a oportunidade para pedir ao governo brasileiro que proponha na ONU que a data seja oficializada.

“Diversidade” de Lenine na Mídia Social
Como não poderia deixar de ser, o Dia Internacional também vai invadir a mídia social. Ferramenta de inclusão usada mundialmente por milhões de jovens, um clipe preparado para a data está sendo disseminado através do Facebook, Twitter, Orkut, MSN, email... Embalado pela emblemática canção de Lenine “Diversidade”. o clipe traz imagens de crianças, jovens e adultos com síndrome de Down em situações cotidianas, entre elas das filhas do Senador Lindbergh Farias e do Deputado Federal Romario. A letra da música foi traduzida para o inglês e o espanhol e será veiculada para todo o mundo através da Down Syndrome International.
Samuel Sestaro, Relações Públicas da FBASD, aprovou o resultado: "achei o vídeo muito legal e muito interessante". E deu seu recado para aqueles que, como ele, têm síndrome de Down: "todas as pessoas com síndrome de Down podem vencer sobre a vida deles, mesmo com a síndrome. Podem vencer essa luta de escolas particulares perto de suas casas e os pais podem procurar uma escola pros seus filhos ou filhas na Prefeitura de cada cidade do Brasil. Quando eles superarem essas novas experiências, eles ou elas podem se virar sozinhas ou sozinhos para depois, como adultos, estarem superando suas dificuldades".
Assista o vídeo no link abaixohttp://www.youtube.com/CanalFBASD

quarta-feira, 2 de março de 2011

Depoimentos de jovens com Sindrome de Down

No blog da Sociedade Síndrome de Down, há depoimentos de jovens que estão fazendo o Grupo de Treinamento de Habilidades para Deficientes Intelectuais com a pedagoga Ana Paula Pacheco e a psicóloga Bárbara Calmeto. Este grupo tem como objetivo intervir para aprimorar as habilidades conceitual, prática e social.

O encontro é realizado uma vez na semana com uma hora de duração. Atualmente, este encontro ocorre no Clube Arouca (Barra da Tijuca) e conta com a participação de aproximadamente 20 jovens.

Os depoimentos que estão no blog da SSD (http://blogssd.blogspot.com) demonstram a busca por autonomia, identificação do eu e consciência de si e dos outros para que a Síndrome de Down seja encarada como natural para suas vidas. São depoimentos de emocionar qualquer pessoa!

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (Paulo Freire).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exame de sangue poderá detectar a Síndrome de Down no feto

Um novo exame de sangue, ainda em fase de testes, poderá substituir os exames invasivos usados atualmente para detectar a Síndrome de Down no feto. Segundo o estudo publicado esta semana no British Medical Journal (BMJ), o teste sanguíneo eliminaria a necessidade da biópsia de vilo corial ou da amniocentese em 99.9% dos casos.

A síndrome acontece quando a pessoa nasce com três cópias do cromossomo 21, em vez de duas.

Hoje, além dos testes invasivos, alguns médicos também testam os níveis de proteínas no sangue da mãe e fazem uma ultrassonografia para medir a prega da nuca do bebê, conhecida com translucência nucal. Nestes exames, o risco de um falso positivo é de 5%, ou seja, um em cada vinte bebês são diagnosticados erroneamente. Já a biópsia de vilo corial ou da amniocentese podem aumentar o risco de aborto. Cerca de 1% das mulheres que fazem o teste acaba perdendo o bebê.

A pesquisa avaliou 753 grávidas de alto risco em Hong Kong, na Inglaterra e na Dinamarca. Em 86 delas, a trissomia foi detectada. Segundo os pesquisadores, o exame de sangue identificou todos os casos corretamente e não houve nenhum falso positivo. Porém, o teste ainda precisa ser feito em larga escala para poder ser aprovado e usado por médicos no mundo inteiro.

O número de bebês diagnosticados com a síndrome tem aumentado drasticamente nos últimos anos. O principal motivo, segundo os pesquisadores do BMJ, é o aumento de grávidas com mais de 35 anos.

Fonte: site Jornal O Globo em 13/01/2011

domingo, 5 de dezembro de 2010

Com atendimento integrado e gratuito, centro traz esperança para crianças autistas

Duas vezes por semana, a professora Olindina Mass, de 40 anos, e o marido André Emilio Sampaio Fernandes, de 39, colocam o filho de 7 anos no carro e percorrem 22 quilômetros da Vila da Penha até o Centro. Apesar de enfrentar quase duas horas de trânsito para chegar ao destino - o Centro Municipal de Atendimento à Pessoa com Deficiência (CEMA-Rio) -, a família não encara os engarrafamentos do caminho com obstáculo.

Não é para menos. Desde que começou a frequentar o centro, há oito meses, o pequeno André Felipe, que é autista, deixou de tomar medicamentos, vem se tornando mais sociável e até reclama quando não é dia de "oficina". Como André, outra meia centena de crianças e adolescentes, entre 0 e 14 anos, conta com os serviços gratuitos da unidade municipal, que virou referência na área de prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com autismo.

- Esta reação do André, de demonstrar que gosta e sentir falta, é uma grande vitória. Como todo autista, ele tem dificuldade de socialização, mas estabeleceu uma relação afetiva com a equipe do centro. Ele adora vir para cá - conta Olindina, que também já percebe uma grande melhora na comunicação verbal do garoto e diz que André passou a suportar melhor ambientes com música depois que iniciou a musicoterapia.

Concentração em um prédio facilita vida das famílias
Ao todo, o CEMA-Rio tem quinze profissionais (entre fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacional, psicólogos, nutricionistas, professores de educação física, musicoterapeutas, assistentes sociais e cuidadores), que trabalham em conjunto num plano de desenvolvimento para cada paciente. Além da atenção diferenciada, apontam as famílias dos pacientes, a grande vantagem é que tudo é oferecido num só endereço, um prédio na Avenida Presidente Vargas, próximo da Central do Brasil. Com isso, os pais não precisam ficar se deslocando com a criança por vários pontos da cidade.

- Seguimos a linha desenvolvimentista, que aborda a criança autista como um todo, ao contrário de alguns centros, que tratam apenas os aspectos psicológico e psicanalítico. Aqui, ele passa por uma triagem, e identificamos quais ações devemos começar realizar. Em seguida, iniciamos o tratamento. Acreditamos que é a melhor maneira de ajudar esta criança a se preparar para viver em sociedade - explica a Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência, Isabel Cristina Pessoa Gimenez, esclarecendo que a pessoa autista tem dificuldade de imaginação, de socialização e de comunicação.

Segundo os especialistas do centro, cada criança, dependendo do grau de autismo, necessita estimular uma determinada função do aspecto sensorial, como a fala, o equilíbrio ou o paladar.

Há casos em que o fonoaudiólogo, explica a especialista Tânia de Castro Soares, precisa ajudar a criança a aprender a olhar nos olhos do interlocutor na hora de um diálogo: - Sem contar que o autista muitas vezes tem que ser formalmente ensinado sobre regras sociais. Tem que aprender a usar o "oi", o "como vai?" e o "tchau" - exemplifica.

Já a missão do nutricionista é, usando brincadeiras e jogos, ensinar a criançada a comer alimentos que, no dia a dia, elas costumam rejeitar, como frutas e hortaliças.

- Como apresentam comportamento repetitivo, muitos só querem comer um grupo de alimento, ou só alimentos de determinada cor, ou rejeitam algum por causa da consistência. O trabalho é lento, mas o desafio é fazer esta mudança de hábito, que precisa incluir família - explica o nutricionista Hugo Brás Marques.

A participação e, muitas vezes, o tratamento, da família do autista é, por sinal, uma das diferenças do serviço oferecido pelo CEMA-Rio. Atualmente, há 52 pessoas sendo atendidas e dezesseis famílias recebendo alguma tipo de auxílio ou orientação. Muito chegam ali sem saber que têm direito a um Riocard especial, por exemplo.

- Estamos atentos também ao pais e aos irmãos. Até para saber se eles apresentam algum espectro do autismo - diz a neurologista Eliana Silva, coordenadora técnica do CEMA-Rio - Os irmãos do autista sofrem bastante. Já houve crianças que apanhavam muito do irmão autista e tinham atrasos no desenvolvimento por causa disso.

Fonte: Site www.oglobo.com.br de 05/12/2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Terapia genética melhorou memória de ratos com sintomas de Alzheimer, dizem cientistas

Uma técnica de terapia genética criada para melhorar problemas de memória associados ao Mal de Alzheimer foi testada com sucesso em ratos, dizem cientistas americanos.

Os especialistas usaram a técnica para aumentar níveis de uma substância química que auxilia a comunicação entre células do cérebro, explica um artigo publicado na revista científica Nature.
Esse processo de envio de sinais entre as células é prejudicado em pacientes com o Mal de Alzheimer.

Segundo a entidade britânica Alzheimer's Research Trust, que fomenta pesquisas sobre a doença, o novo estudo acrescenta uma peça importante ao conhecimento que se tem sobre a sobre a doença e sugere novas rotas de pesquisa.

Amilóide
Com o aumento na expectativa de vida da população de muitos países do planeta, a incidência do Mal de Alzheimer e de outras formas de demência deve crescer.

A equipe de pesquisadores do Gladstone Institute of Neurological Disease, em San Francisco, na Califórnia, acredita que um aumento nos índices do neurotransmissor EphB2 no cérebro possa ajudar a reduzir ou mesmo prevenir alguns dos piores efeitos da condição.

Seu estudo sugere que a substância cumpre um papel importante na memória e que sua presença é reduzida em pacientes com o Mal de Alzheimer.

Uma das características mais marcantes dos cérebros afetados pela condição é o acúmulo de placas de uma proteína chamada amilóide. Com o passar do tempo, isso leva à morte das células do cérebro.

Experimento
A equipe baseou seu experimento em uma particularidade da proteína amilóide: sua suposta habilidade de se acoplar ao neurotransmissor EphB2, reduzindo a quantidade da substância disponível para as células do cérebro, o que poderia em parte explicar a perda de memória nos pacientes.

Para testar essa ideia, eles usaram técnicas de terapia genética para reduzir e também para aumentar a quantidade de EphB2 disponíveis nos cérebros de ratos de laboratório.

Quando os índices da substância foram reduzidos em ratos saudáveis, os animais desenvolveram sintomas de perda de memória similares àqueles observados em ratos programados geneticamente para apresentar uma condição similar ao Mal de Alzheimer.

E quando os ratos com sintomas de Alzheimer receberam terapia genética que aumentou os índices de EphB2, seus sintomas de perda de memória desapareceram.

Lennart Mucke, líder do estudo, disse que sua equipe ficou "encantada"; com a descoberta.
"Com base nos nossos resultados, achamos que impedir as proteínas amilóides de se acoplarem ao EphB2 e aumentar os índices de EphB2 ou de (suas) funções por meio de drogas pode ser benéfico a (pacientes com) Mal de Alzheimer", disse Mucke.

Repercussão
Pesquisadores britânicos disseram que o estudo, embora interessante, não oferece uma resposta rápida para pacientes com Alzheimer.

Rebecca Wood, diretora do Alzheimer's Research Trust, disse que o cérebro humano é complexo, e entender como ele funciona e como é danificado por doenças como o Mal de Alzheimer é uma tarefa gigantesca.

O estudo "indica uma forma de fazer com que as células nervosas do cérebro continuem se comunicando, o que é vital para o pensamento e a memória".

Mas ela acrescentou: "Não sabemos ainda se essas descobertas vão levar a um novo tratamento para o Mal de Alzheimer - isso ainda vai demorar".

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

Fonte: Site jornal O Globo 30/11/2010