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domingo, 5 de dezembro de 2010

Com atendimento integrado e gratuito, centro traz esperança para crianças autistas

Duas vezes por semana, a professora Olindina Mass, de 40 anos, e o marido André Emilio Sampaio Fernandes, de 39, colocam o filho de 7 anos no carro e percorrem 22 quilômetros da Vila da Penha até o Centro. Apesar de enfrentar quase duas horas de trânsito para chegar ao destino - o Centro Municipal de Atendimento à Pessoa com Deficiência (CEMA-Rio) -, a família não encara os engarrafamentos do caminho com obstáculo.

Não é para menos. Desde que começou a frequentar o centro, há oito meses, o pequeno André Felipe, que é autista, deixou de tomar medicamentos, vem se tornando mais sociável e até reclama quando não é dia de "oficina". Como André, outra meia centena de crianças e adolescentes, entre 0 e 14 anos, conta com os serviços gratuitos da unidade municipal, que virou referência na área de prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com autismo.

- Esta reação do André, de demonstrar que gosta e sentir falta, é uma grande vitória. Como todo autista, ele tem dificuldade de socialização, mas estabeleceu uma relação afetiva com a equipe do centro. Ele adora vir para cá - conta Olindina, que também já percebe uma grande melhora na comunicação verbal do garoto e diz que André passou a suportar melhor ambientes com música depois que iniciou a musicoterapia.

Concentração em um prédio facilita vida das famílias
Ao todo, o CEMA-Rio tem quinze profissionais (entre fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacional, psicólogos, nutricionistas, professores de educação física, musicoterapeutas, assistentes sociais e cuidadores), que trabalham em conjunto num plano de desenvolvimento para cada paciente. Além da atenção diferenciada, apontam as famílias dos pacientes, a grande vantagem é que tudo é oferecido num só endereço, um prédio na Avenida Presidente Vargas, próximo da Central do Brasil. Com isso, os pais não precisam ficar se deslocando com a criança por vários pontos da cidade.

- Seguimos a linha desenvolvimentista, que aborda a criança autista como um todo, ao contrário de alguns centros, que tratam apenas os aspectos psicológico e psicanalítico. Aqui, ele passa por uma triagem, e identificamos quais ações devemos começar realizar. Em seguida, iniciamos o tratamento. Acreditamos que é a melhor maneira de ajudar esta criança a se preparar para viver em sociedade - explica a Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência, Isabel Cristina Pessoa Gimenez, esclarecendo que a pessoa autista tem dificuldade de imaginação, de socialização e de comunicação.

Segundo os especialistas do centro, cada criança, dependendo do grau de autismo, necessita estimular uma determinada função do aspecto sensorial, como a fala, o equilíbrio ou o paladar.

Há casos em que o fonoaudiólogo, explica a especialista Tânia de Castro Soares, precisa ajudar a criança a aprender a olhar nos olhos do interlocutor na hora de um diálogo: - Sem contar que o autista muitas vezes tem que ser formalmente ensinado sobre regras sociais. Tem que aprender a usar o "oi", o "como vai?" e o "tchau" - exemplifica.

Já a missão do nutricionista é, usando brincadeiras e jogos, ensinar a criançada a comer alimentos que, no dia a dia, elas costumam rejeitar, como frutas e hortaliças.

- Como apresentam comportamento repetitivo, muitos só querem comer um grupo de alimento, ou só alimentos de determinada cor, ou rejeitam algum por causa da consistência. O trabalho é lento, mas o desafio é fazer esta mudança de hábito, que precisa incluir família - explica o nutricionista Hugo Brás Marques.

A participação e, muitas vezes, o tratamento, da família do autista é, por sinal, uma das diferenças do serviço oferecido pelo CEMA-Rio. Atualmente, há 52 pessoas sendo atendidas e dezesseis famílias recebendo alguma tipo de auxílio ou orientação. Muito chegam ali sem saber que têm direito a um Riocard especial, por exemplo.

- Estamos atentos também ao pais e aos irmãos. Até para saber se eles apresentam algum espectro do autismo - diz a neurologista Eliana Silva, coordenadora técnica do CEMA-Rio - Os irmãos do autista sofrem bastante. Já houve crianças que apanhavam muito do irmão autista e tinham atrasos no desenvolvimento por causa disso.

Fonte: Site www.oglobo.com.br de 05/12/2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pais brasileiros criam a primeira revista de autismo na América Latina, com 100% de voluntariado



Numa iniciativa inédita, um grupo de pais de crianças autistas criou a Revista Autismo, primeira publicação a respeito do assunto na América Latina e a única em língua portuguesa no mundo. Tudo isso somente com trabalho voluntário e doações. A revista é gratuita, de circulação nacional e foi lançada neste mês (setembro de 2010).

Não bastasse essa conquista, que no caro e complexo mercado editorial pode-se dizer que é um verdadeiro milagre, a revista também inova usando, em sua versão impressa, QR-Codes (selos de integração de mídia que podem ser lidos por câmeras de celulares) para ampliar os assuntos abordados remetendo o leitor a material extra, como textos, vídeos e outros sites. Cada artigo ou reportagem que tem material extra, tem seu QR-Code.

O grupo de pais que criou a revista não se conhece pessoalmente, apenas através da internet, onde participam de listas de discussões por e-mail sobre a síndrome que acomete seus filhos: o autismo. “Temos um dos pais que tem uma gráfica, em Santa Catarina, e quando sugeri a ideia da revista, ele pediu doação de papel a seus fornecedores, o que foi prontamente atendido”, conta o publicitário e artista plástico Martim Fanucchi, idealizador da Revista Autismo, sobre o momento que viu a viabilização do que era apenas um sonho.

Waldemar Casagrande, o Zinho, colocou sua gráfica catarinense, a Otomar, à disposição da publicação. “Quando o jornalista Paiva Junior topou ser o editor-chefe da revista, em abril deste ano, era o que faltava para iniciarmos o projeto de vez e com profissionalismo”, comemora Fanucchi com o primeiro exemplar da revista na mão, o número zero.

Todo o processo de produção da revista foi feito com trabalho cem por cento voluntário, desde os artigos de renomados profissionais da área, até o processo de revisão e distribuição da revista.
A revista teve uma quantidade significativa de exemplares impressos, porém, a demanda foi maior que o dobro do que havia sido feito. Faltou revista. O que demonstra o sucesso do “empreendimento” mesmo antes de que soubesse se o conteúdo era realmente bom. Um retrato da sede por informação sobre o transtorno do espectro do autismo no Brasil.

A reportagem de capa da edição de lançamento cita a preocupante estatística do CDC (Center of Disease Control), dos Estados Unidos: uma em cada 110 crianças tem autismo -- número muito maior em crianças que a AIDS, o câncer e o diabetes. E a manchete de capa ainda questiona: “E aqui?”, referindo-se ao Brasil não ter estatísticas a respeito do autismo -- nem mesmo no atual censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) há qualquer pergunta sobre a síndrome.

O objetivo da Revista Autismo é levar informação séria e de qualidade para pais e profissionais em todo o Brasil e até mesmo fora dele -- a versão online da revista terá traduções para o inglês e o espanhol, além de estarem firmando parcerias para desenvolver o lançamento da revista em outros formatos digitais, como os e-books (livros eletrônicos) -- já há versão em formato PDF, compatível com diversos leitores de livros digitais -- e aplicativos para smartphone e tablets, como uma versão já em desenvolvimento para Apple iOS (iPhone, iPad e iPod Touch). Não custa lembrar que tudo isso é gratuito e está sendo produzido sem qualquer investimento financeiro, apenas com voluntariado.

O site da revista é RevistaAutismo.com.br (hospedado pelo patrocinador Hostnet.com.br) e tem a publicação na íntegra, sem restrições, além de material extra.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

I ENCONTRO NACIONAL DE TRATAMENTOS PARA AUTISMO E OUTROS TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO (divulgação)

Este encontro é dedicado a educar médicos, terapeutas e pais sobre as pesquisas biomédicas que foram apropriadamente testadas, e são intervenções seguras e efetivas para o espectro autista.

Desde 1995 acontecem congressos bianuais nos EUA onde são mostradas e discutidas estratégias terapêuticas, que ainda são desconhecidas em nosso meio.

Nos dias 15 e 16 de Outubro de 2010, faremos um congresso completo unindo o tratamento biomédico a terapia nutricional, junto com as várias formas terapêuticas e pedagógicas, fornecendo uma visão completa de como o tratamento biomédico pode ser agregado a outros tratamentos para que a criança autista ou que tenha outro transtorno de desenvolvimento alcance um potencial melhor.

Queremos mostrar que o Autismo é tratável, e que a recuperação se torna possível com a associação de uma série de intervenções terapêuticas simultâneas o mais precoce possível.

Local: São Paulo
Data: 15 e 16 de outubro de 2010

Mais informações: www.congressodeautismo.com.br

domingo, 25 de julho de 2010

Mitos e verdades sobre o Autismo (Lucy Santos)

Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas:

O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.
A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.

Fonte: Bengala Legal

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sons emitidos pelo bebê podem auxiliar diagnóstico de autismo, diz estudo

Cientistas americanos acreditam ser capazes de distinguir bebês autistas a partir dos sons que eles produzem. Usando tecnologia para análise das vocalizações emitidas por 232 crianças com idades entre dez meses e quatro anos, os especialistas da University of Kansas identificaram diferenças nos sons emitidos pelas que foram diagnosticadas como sendo autistas. A tecnologia permitiu diagnósticos corretos em 86% dos casos.

Estudos anteriores indicaram uma associação entre características vocais e autismo, mas, até hoje, o critério voz nunca foi usado no diagnóstico da condição. O estudo americano foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Autismo é o nome dado a um grupo ou "espectro" de condições caracterizadas pela inabilidade de comunicação ou empatia com o outro, falta de traquejo social, traços obsessivos e comportamentos repetitivos.

Os cientistas americanos analisaram quase 1.500 gravações com um dia de duração feitas através de aparelhos fixados nas roupas das crianças. Mais de três milhões de sons infantis foram usados na pesquisa, diz o estudo. Os pesquisadores se concentraram em 12 parâmetros específicos associados ao desenvolvimento vocal do bebê. Entre eles, o mais importante foi a habilidade da criança emitir sílabas bem formadas a partir de rápidos movimentos da mandíbula e língua.

Os especialistas acreditam que esses sons constituem as fundações das palavras.
Nas crianças autistas com até quatro anos de idade, o desenvolvimento nesse parâmetro é mais lento. "Essa tecnologia poderia ajudar pediatras a fazer testes de autismo para determinar se o bebê deve ser examinado por um especialista para diagnóstico", disse o pesquisador Steven Warren, da University of Kansas, um dos envolvidos no estudo. Ele explicou que a nova técnica pode identificar sinais de autismo aos 18 meses de idade. Atualmente, a média de idade das crianças diagnosticadas com a condição nos Estados Unidos é 5,7 anos. E quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais eficazes são os tratamentos, acrescentou o especialista.

Outro ponto forte da tecnologia, ele explica, é que ela se baseia em padrões sonoros ao invés de palavras e pode ser usada para testar crianças de qualquer país. "Pelo que sabemos, os aspectos físicos da fala humana são os mesmos em todas as pessoas", disse Warren.

Mais informações no site da BBC Brasil

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Novo núcleo da Associação Mão Amiga - RJ

A ASSOCIAÇÃO MÃO AMIGA(AMA-RJ) comemora a realização de mais um de seus projetos e com muita alegria informa que terá inicio seu 2º núcleo de atendimento. Este, na Zona Sul do Rio, no Colégio DIVERTIVENDO, com quem firmamos parceria.

DIVERTIVENDO é uma escola regular, com proposta e experiência em Inclusão. Localizado na Rua Colelho Neto, 74, Laranjeiras. A proposta inicial da MÃOAMIGA na Zona Sul é atender a crianças entre 2 a 9 anos de idade, no horário da manhã. Além de crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), a AMA atende também crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL).

Aplicamos o Modelo SCERTS, a mais moderna abordagem comportamental para o tratamento dos TEA. É um modelo educacional inovador que tem como foco principal desenvolver as habilidades linguísticas, comunicativas e sócio-emocionais da crianças com autismo. As atividades, realizadas em grupos de até 6 crianças, são variadas e englobam a Fonoterapia, Psicopedagogia, Brincadeira Simbólica, Educação Física e Relation Play. O Modelo SCERTS também permite uma análise extensa do desempenho da criança na escola regular.

Atualmente, a MÃO AMIGA atende a 42 crianças e jovens (2 e 18 anos) em sua sede na Pavuna.
Os interessados devem entrar em contato com Mônica Accioly, Coordenadora Técnica, para agendamento de entrevista e avaliação pelo email: monica@maoamiga.org

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O CORA (Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista)

Ontem fui na palestra científica promovida com apoio da ADEFA no auditório da Defensoria Pública. O evento foi bom, mas o melhor foram as pessoas maravilhosas que conheci lá. A começar pela fonoaudióloga Roseny, pessoa realmente competente e simpática. Além disso, conheci quatro mães de autistas que criaram uma associação em defesa dos direitos dos autistas. Espero que possamos nos encontrar mais vezes. Segue informações sobre o CORA (Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista). Vale a pena entrar no site: corautista.org

É uma associação criada por um grupo de mães e profissionais em prol do autismo. O Cora nasceu do desejo de duas quatro mães Michele Senra, Adriane Michely, Andréia David e Irene que ao se deparem com as dificuldades que encontram para dar uma vida de qualidade para seus filhos autistas. A falta de escolas que aceitem autistas como alunos, falta de tratamento gratuito próximo a residência, despreparo de profissionais e uma série que dificuldades encontradas não só por elas, mas por diversas mães espalhadas pelo Brasil.

Michele Senra é moderadora do blog "O Mundo maravilhoso dos Autistas" http://omundomaravilhosodosautistas.blogspot.com/, e através desse veículo de comunicação tem a oportunidade de conversar com mães e profissionais de diversos estados. Seu filho Breno Willians, está cursando ensino regular e alcançado grandes progressos. "A escola em que meu filho estuda me deu abertura para ajudá-los através de palestras e treinamentos que realizamos com os professores e mediadores, o resultado é que hoje meu filho está tendo a chance de estudar em classe regular, realizando provas e fazendo atividades como outra criança qualquer, essa parceria ajudou meu filho e as outras crianças que nela estuda". Além disso, Michele tem sido convidada a palestra em escolas e eventos testemunhando de uma forma motivacional para pais e profissionais.

Adriane Michely é pedagoga e atualmente está fazendo a pós em psicopedagogia. Adriane foi a primeira mediadora do Breno e através dessa experiência pôde descobrir que seu filho Jorge Davy também está no Espectro Autista. "Quando fui estagiar como mediadora do Breno, nunca havia ouvido falar em autismo. Era tudo novo pra mim, mas me dediquei e mergulhei nesse universo. Depois comecei a observar e percebi que meu filho também tinha características semelhantes ao meu aluno Breno, até que no final do ano passado Davy foi diagnosticado como autista.Breno não entrou por acaso na minha vida, e hoje estamos aqui com o CORA para ajudarmos muitos pais, crianças e jovens".

Andréia David é graduando em pedagogia e certificada em Teacch e Sonrise. Andréia é mãe de Lucas. Através de seu conhecimento empírico sobre o autismo tem auxiliado muitos pais e profissionais da àrea de educação. " O Lucas esse ano teve um retrocesso em seu comportamento na escola. Agredia seus professores, jogava tudo no chão... Haviamos usado várias táticas, metodologias e nada. Até que meu marido e eu resolvemos utilizar uma abordagem mais comportamental e finalmente deu muito certo. Hoje ele está mais centrado, realiza suas atividades tranquilamente.

Irene é mãe de Luciano Ítalo, asperger de 8 anos. Um de seus maiores desafios foi com a escola. Embora seu filho tenham um bom cognitivo, seus professores tinham dificuldades de lidar com seu comportamento. Além disso encontra uma mediadora era outro grande problema. "Este ano as coisas estão correndo bem. Encontrei mediadora, está acompanhando tranquilamente o 3° ano e em sua última avaliação o neuro constatou que meu filho evoluiu para o asperger. Estou muito feliz com seu progresso".

Autismo não é nenhuma tragédia. Autismo é tratável! E quanto mais cedo se descobre mais chances a criança terá. O temor vem da falta de conhecimento. Não é um caminho fácil, mas há esperança. Esse é o objetivo do CORA otimizar o conhecimento do autismo e buscarmos meios para melhorar a qualidade de vida do indivíduo com Espectro autista.Junte-se a nós nessa luta pelos direitos de nossos filhos.

Simbologia

A própria sigla CORA faz alusão a coração. Demonstrando todo nosso amor e empenho por nossos filhos.Coração - representação do coração de mãe, ou seja de nosso amor incondicional pelos nossos filhosQuebra-cabeça - é o simbolo oficial do autismo, que representa o mistério e a complexidade do autismo.Boneco com a peça do quebra-cabeça - representação de nós pais, profissionais e médicos que tentamos desvendar os mistérios do autismo, que estamos em busca de soluções, representa também a nossa luta pela inclusão do autista na escola, no trabalho e no convívio social.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Palestra Científica com o tema Autismo

Tema: Autismo

Público-alvo: Profissionais, pais e amigos dos autistas

Data: 14 de julho (4ª feira)

Horário: 13 horas

Local: Auditório da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (Av. Marechal Câmara, 314, Centro)

Programação:
- Diagnóstico precoce (Diana Lindoso - psicóloga)
- Neurotoxidade de metais pesados no autista (Mariel Lopes - biomédica)
- Nutrição: dieta sem glúten e caseína (Alessandra Frazão - nutricionista)
- Modelo SCERTS na Mão Amiga (Monica Accioly - fonoaudióloga)
- Terapia Comportamental (Sandra Cerqueira - psicóloga)

Participem!!!

Fonte: www.adefa.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que é autismo?




Autismo é a denominação dada a um conjunto de comportamentos derivados de um desenvolvimento neurológico/metabólico atípico. Há evidências de que esta diferença neurológica esteja presente desde o nascimento ou até um período anterior. No entanto, os comportamentos observados – através dos quais a desordem é diagnosticada – tendem a ser apenas detectáveis a partir da idade de cerca de 18 meses. A desordem atinge indivíduos de ambos os sexos e de todas as etnias, classes sociais e origens geográficas. A incidência é maior entre o sexo masculino (4 vezes mais comum em meninos do que meninas).

Pesquisas científicas de estudo da desordem têm sido desenvolvidas em diversos países, mas a comunidade científica ainda não chegou a um consenso em relação às causas do autismo. Há fortes evidências, no entanto, de que exista de uma predisposição genética (Rutter, 2005), e que fatores ambientais sejam o gatilho para o aparecimento dos sintomas. Também tem sido sugerido que o autismo seja causado por um distúrbio da integração sensorial (Smith-Myles & Simpson, 1998), atrasos de maturação dos reflexos primários (Teitelbaum, Benton & Shah, 2004), disfunção do sistema imunológico (Pardo, Vargas & Zimmerman, 2006), ou problemas gastro-intestinais (Gurney, McPheeters & Davis, 2006).

Os recentes números de estatísticas do autismo entre a população dos Estados Unidos e da Europa apontam para a existência de uma epidemia atual do autismo, com os números de estatísticas nacionais nos EUA saltando de 1 em cada 2500 pessoas na década de 1990 para 1 caso de autismo em cada 100 crianças em 2009 (fonte: Centers for Disease Control, EUA). A ASA – Autism Society of America – estima que existam atualmente 1,5 milhões de americanos afetados pelo autismo. O mesmo quadro tem sido observado no Reino Unido, com a incidência subindo de 1:2500 em 1993 para 1:100 em 2009. Estes números tornam a desordem mais comum do que o câncer infantil, o diabetes e a AIDS.
No Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas em 2007, estimava-se que havia cerca de 1 milhão de casos de autismo (fonte: Projeto Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, 2007). O aumento dos casos de autismo no Brasil tem sido relatado por instituições ligadas ao atendimento de famílias de crianças com autismo em todas as regiões brasileiras.

No passado, o autismo foi freqüentemente considerado um distúrbio comportamental, com alguns cientistas tendo até adotado a teoria de que o autismo era causado pelo fenômeno das “mães-geladeiras”. Pesquisas mais modernas têm descartado totalmente esta perspectiva. Na maioria dos últimos sessenta anos (desde que o autismo foi primeiramente descrito por Kanner, em 1943), a desordem foi estudada em termos de comportamentos apresentados ao invés do estudo do subjacente desenvolvimento neurológico. Por conseqüência, os diagnósticos atuais ainda são feitos com base em comportamentos observáveis, o que significa um atraso na elaboração do diagnóstico na maioria dos casos. Recentes pesquisas com o foco na identificação de características neurológicas do autismo têm sido desenvolvidas com o objetivo de auxiliar o processo de diagnóstico, a intervenção precoce e recuperação.

Nos dias de hoje, o Autismo é freqüentemente referido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), nomenclatura que indica uma ampla variação na sintomatologia. Crianças com os diagnósticos de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Transtorno Global do Desenvolvimento (TID, ou a sigla PDD em inglês), Transtorno Invasivo Não Especificado do Desenvolvimento (sigla PDD-NOS em inglês) ou Síndrome de Asperger tendem a exibir comportamentos similares em um nível moderado.

Os comportamentos que geralmente levam ao diagnóstico do Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo são comumente classificados em três pilares. Estes descrevem dificuldades nas seguintes áreas:
- Interação Social
- Comunicação e Linguagem
- Imaginação (incluindo-se aqui os interesses restritos e a utilização de comportamentos repetitivos e de auto-estimulação)

O que os comuns critérios de diagnóstico falham em reconhecer são as habilidades e talentos exibidos por pessoas diagnosticadas com autismo. Há diversos relatos científicos e anedotários sobre habilidades incríveis que várias pessoas com autismo possuem. Em uma das extremidades deste espectro encontram-se as pessoas que são referidas como “savants”, as quais apresentam habilidades extraordinárias, geralmente nas áreas de matemática, música ou arte (Happe, 1999). Já os milhares de pessoas com autismo que não desenvolvem habilidades de “savants”, também possuem diversas habilidades especiais. Muitas pessoas com autismo apresentam habilidades de percepção viso-espacial altamente desenvolvidas (em Happe, 1999).

Fonte: www.inspiradospeloautismo.com.br